Vagina, útero, ovários e tubas uterinas: o sistema reprodutivo feminino é bastante complexo, sendo constituído por órgãos delicados. Devido a sensibilidade da região, é comum que doenças afetem esse sistema. Porém, complicações como a Doença Inflamatória Pélvica (DIP) apresentam riscos, podendo desenvolver distúrbios irreversíveis.

Por isso, saiba o que é a doença, como notá-la em seu corpo e recorrer ao tratamento adequado!

O que é a Doença Inflamatória Pélvica?

DIP é uma infecção, geralmente contagiosa, que afeta os órgãos reprodutores femininos em sua parte superior. Quando não diagnosticado cedo e não tratado, a ação inflamatória se alastra e afeta a região da pelve (ossos ilíacos, púbis, ísquio, sacro e cóccix) e do baixo ventre. É mais comum entre mulheres entre 15 e 35 anos.

As causas e as formas de contágio

Em 90% dos casos a Doença Inflamatória Pélvica se desenvolve a partir de doenças sexualmente transmissíveis. Entre as patologias mais comuns estão a gonorreia e a clamídia. O contágio tende acometer mulheres adultas e sexualmente ativas que, sobretudo, se relacionam de forma desprotegida.

Mas, existe também outros 10% de chances de a DIP não ser desenvolvida a partir de doenças sexualmente transmissíveis. Nesse caso, os quadros podem ser causados por outros motivos, como:

  • Aborto;
  • Duchas vaginais;
  • Inserção de DIU;
  • Parto normal;
  • Realização de procedimento ginecológico cirúrgico.

Sintomas da Doença Inflamatória Pélvica

A detecção do quadro, porém, nem sempre é simples. Como apontado anteriormente, a DIP pode ser crônica e assintomática (quando não provém de doenças sexualmente transmissíveis). Nestes casos, somente os exames de rotina podem apontar alguma anormalidade, o que exige ainda mais cuidado.

Nos casos agudos e sintomáticos, a paciente pode notar:

  • Corrimento amarelado/esverdeado com odor desagradável;
  • Cansaço;
  • Dor abdominal e pélvica;
  • Dor ao ter relações sexuais;
  • Febre elevada;
  • Sangramento irregular;
  • Sangramento fora do período menstrual.

Em alguns casos também é comum a paciente sentir náuseas e vômitos. Ao perceber esses sintomas, procure um médico.

A importância da prevenção

O sistema reprodutivo é uma região bastante sensível. Como nem sempre o diagnóstico da Doença Inflamatória Pélvica é fácil, não é incomum que a inflamação se alastre para outros órgãos, fragilizando a saúde da mulher. Os riscos são muitos! Entre o mais recorrente está a infertilidade ou a dificuldade para engravidar. Mas, além disso, outras complicações ginecológicas também podem se desenvolver a partir da falta de tratamento adequado, ou do diagnostico tardio. Confira as principais delas:

  • Abcesso;
  • Bloqueio e inchaço nas trompas;
  • Gestações de risco;
  • Peritonite;
  • Síndrome de Fitz-Hugh-Curtis.

Como funciona o diagnóstico?

O diagnóstico da inflamação pélvica é primeiramente clínico, junto ao ginecologista. Em muitos casos, é comum que um exame laboratorial seja solicitado. Mas, o diagnóstico preciso e completo costuma abranger também exames de imagem, sendo o ultrassom o mais indicado. Veja como o procedimento funciona:

Ultrassonografia pélvica

O ultrassom pélvico é utilizado avaliar órgãos internos femininos, seja para detectar a presença de alguma doença, para acompanhar a gestação ou ainda controlar a ovulação de pacientes que estão fazendo tratamento de fertilidade.

Nesse caso, a ultrassonografia pélvica pode apressar a identificação do processo inflamatório, a formação de tecido cicatricial e a formação de abscessos.

Como é o tratamento da Doença Inflamatória Pélvica?

Por se tratar de uma infecção, o primeiro passo é controlar a ação infecciosa no organismo da paciente. Para isso, antibióticos específicos deverão ser recomendados pelo médico. Porém, a quantidade, o tipo e o período variam de paciente para paciente.

É importante pontuar que o tratamento adequado vai depender também de como a inflamação se originou. De qualquer maneira, a recomendação é que a mulher suspenda as relações sexuais nesse período, a fim de evitar recorrência.

A opção cirúrgica fica reservada para casos que demandam limpeza e drenagem dos abscessos.

Agende seu exame!

Para garantir tratamento adequado o diagnóstico preciso é fundamental. Conte com os melhores profissionais para te acompanhar! Agende a sua ultrassonografia pélvica com a Dra. Daniela Vaz Franco.