O poder de gerar uma nova vida é o desejo de muitas mulheres. Mas, as condições do organismo feminino podem impossibilitar a gravidez de parte significativa desse público. A infertilidade costuma ser causada por distúrbios na ovulação, complicações nos órgãos reprodutivos e doenças ginecológicas. A principal delas é a endometriose, enfermidade que acomete cerca de 15% das mulheres em período fértil. Clinicamente, a enfermidade é classificada em três diferentes tipos que, infelizmente, são uma ameaça à saúde e bem estar da mulher. Saiba como diagnosticar e tratar a endometriose superficial!
O que é endometriose superficial?
A endometriose acontece quando o tecido que reveste o útero internamente (endométrio), cresce para fora da cavidade uterina. O desenvolvimento da doença desencadeia lesões, cistos (endometriomas) e aderências no sistema reprodutivo. Assim, os focos podem se espalhar por regiões como:
- Abdômen;
- Peritônio;
- Bexiga;
- Intestino;
- Ligamentos;
- Ovários;
- Tubas uterinas.
Por se tratar de uma doença complexa, a endometriose pode ser classificada em endometriose superficial, endometriose ovariana ou endometriose profunda. A superficial é o tipo mais leve e comum, com lesões e focos pouco espalhados e mais rasos. Os focos desse tipo costumam estar concentrados na região do peritônio.
Quais são os sintomas da endometriose superficial?
Estágios leves de endometriose podem agir silenciosamente ou facilmente serem confundidos com as condições causadas pelo ciclo natural da menstruação. Os sinais da doença são variáveis, conforme as peculiaridades e estilo de vida da paciente. Mas, fique atenta ao perceber:
- Aumento no fluxo menstrual;
- Constipação;
- Diarreia;
- Dores pélvicas;
- Dores durante relações sexuais;
- Infertilidade;
- Sangramentos anormais.
Endometriose: uma doença de difícil diagnóstico
A doença inflamatória se espalha e se infiltra. Por isso, o diagnóstico preciso é algo complexo. Os dois exames mais indicados para rastrear a endometriose são o ultrassom transvaginal e a ressonância magnética.
O ultrassom, no entanto, deve ser realizado com preparo intestinal. Afinal, esse método permite melhor visualização das lesões. Além disso, manobras específicas com o transdutor podem ser necessárias. Porém, a alta capacidade tecnológica da ressonância magnética também agrega bastante, principalmente em caso de lesões muito pequenas.
Focos menores de 5 mm, por exemplo, são de difícil detecção. Mas, a ressonância permite precisão em mais de 90% dos casos.
A endometriose superficial pode causar infertilidade?
Apesar de ser considerada a variação menos agressiva da doença, ainda assim a endometriose superficial pode estar associada a infertilidade. É evidente que nem todas as mulheres diagnosticadas terão problemas para engravidar, mas essa é uma possibilidade.
Além disso, os casos leves são também um fator de risco para abortos espontâneos. A questão é que a endometriose é bastante complexa e costuma afetar a qualidade de vida da paciente. A dificuldade em engravidar pode ocorrer por três formas:
- Por acumular muitas citocinas inflamatórias no tecido tópico, a doença acaba gerando má qualidade em todo o sistema reprodutivo, causando falhas no implante do embrião.
- O mesmo processo inflamatório compromete a motilidade tubária, afetando todas as funções reprodutivas.
- A doença também compromete a receptividade endometrial e gera falhas nos folículos, o que dificulta a boa implantação do óvulo.
Os possíveis tratamentos para endometriose superficial
Se a gravidez é um objetivo da paciente, ela pode contar com pelo menos quatro tipos de tratamento para tentar aumentar sua fertilidade e amenizar os sintomas da doença:
- Fertilização in vitro;
- Reprodução assistida;
- Inseminação artificial;
- Videolaroscopia (para remoção de lesões).
Faça o seu exame com especialistas em endometriose!
O tratamento ideal irá sempre depender de um diagnóstico assertivo. Para ter precisão em resultados, agende o seu exame com a Dra. Daniela Vaz Franco, especialista em endometriose e saúde da mulher.