Gestar uma criança é o desejo de muitas mulheres. Por isso, a infertilidade segue sendo um grande obstáculo e o medo de muitas pacientes. Existem várias doenças ginecológicas que podem causar infertilidade ou afetar o sistema reprodutivo feminino. Entre elas está a Endometriose. Porém, em quais níveis ela é um verdadeiro risco para quem sonha ser em mãe? A Endometriose pode causar infertilidade? Descubra!

O que é Endometriose?

A Endometriose é uma doença ginecológica caracterizada por um distúrbio no endométrio – tecido que reveste o útero internamente, e descama quando não ocorre a fecundação. Nesse momento se dá a menstruação.

No entanto, o ciclo e fluxo menstrual podem sofrer alterações, fazendo com que o endométrio cresça nas trompas, ovários e/ou outras partes da cavidade abdominal feminina. Os principais sintomas são:

  • Cólicas intensas e frequentes;
  • Dor durante relações sexuais;
  • Dores pélvicas e abdominais;
  • Sangue na urina.

Quais tipos de Endometriose existem?

A patologia pode ser classificada em vários tipos. O que os determina é o estágio da doença e a profundidade:

  • Superficial – Afeta o peritônio da pelve;
  • Ovariana – Apresenta cistos ou nódulos de sangue;
  • Profunda – Infiltrativo, acomete o peritônio, e tem mais de 5 ml de profundidade.

Afinal, a Endometriose pode causar infertilidade?

Infelizmente existe uma grande relação entre a infertilidade feminina e os casos de Endometriose. Mas, nem todas as pacientes encontram problemas para engravidar. Cerca de 15% das mulheres férteis tem Endometriose.

O preocupante é que muitas pacientes com Endometriose desenvolvem algum nível de infertilidade, até mesmo em estágios iniciais. Isso acontece, na maioria das vezes, porque a doença altera a anatomia do aparelho reprodutivo, complicando o processo de fecundação. Mas, outros fatores podem contribuir:

Aderência pélvica

A patologia pode causar aderência ou fibrose uterina, o que leva à distorção da anatomia dos órgãos reprodutores. As tubas são as mais afetadas, complicando o transporte do óvulo até o útero.

Má qualidade reprodutiva

Por ser uma inflamação crônica, a Endometriose interfere na reserva natural dos óvulos e na qualidade reprodutiva. A interação entre óvulos e espermatozoides enfraquece. E, no caso das tubas, mesmo sem aderências pélvicas constatadas, pode haver acúmulo de líquido na região, comprometendo igualmente a fecundação.

Alterações imunológicas

As lesões e inflamações causadas pela migração do endométrio para outros órgãos podem fazer com que o corpo entenda que está sendo atacado. Com isso, inicia-se um processo de defesa imunológica. Basicamente, a resposta imune do corpo da paciente dificulta o processo de fecundação.

Qual é o risco do diagnóstico tardio?

Muitas vezes os sintomas da Endometriose são vistos como “normais” e a mulher tende a não dar a importância devida. Somente quando decide engravidar, descobre a doença. Porém, já em estágio avançado. Fora isso, o uso de anticoncepcionais pode inibir alguns sintomas.

Quanto mais tarde for o diagnóstico, maior será o risco de infertilidade e mais difícil e invasivo serão os processos de tratamento, especialmente em idade avançada.

Atenção às cólicas!

Vale lembrar que a doença não escolhe idade. Adolescentes que possuem cólicas muito intensas, e que não passam mesmo com o uso de medicamentos devem ficar atentas. Estima-se que 70% desses casos sejam decorrentes de Endometriose.

Quais exames realizar?

A melhor forma de evitar o avanço da doença é se prevenindo. Para um diagnóstico mais preciso de Endometriose, realize:

O exame permite avaliar toda a região abdominal e pélvica identificando alterações nos ovários, trompas, bexiga e localidades próximas. Imagens instantâneas são capturadas via transdutor com gel lubrificante inserido na cavidade feminina. Para auxiliar na visualização, um preparo do intestino deve ser realizado.

Esse exame de alta tecnologia e sensibilidade também identifica qualquer alteração suspeita na pelve. Para realizá-lo, a paciente deve deitar-se numa maca, que adentra uma espécie de tubo, e permanecer imóvel até que todas as imagens sejam capturadas.

Cuide de sua saúde!

Evite complicações mantendo os seus exames em dia. Agende um horário na RadioClínica.