A Defecografia por Ressonância Magnética (defeco-RM) é um exame de imagem utilizado para diagnosticar algumas doenças pertinentes aos órgãos da pelve e para acompanhar a evolução dos quadros em tratamento. Dentre elas, estão as doenças ginecológicas, os prolapsos de órgãos e as alterações do assoalho pélvico. Ou seja, dentre as estruturas anatômicas que podem ser analisadas pela defeco-RM estão o útero, a vagina, o reto, a uretra e o intestino.
Por não utilizar radiações ionizantes, a ressonância magnética é uma das tecnologias mais seguras para o paciente, principalmente se for gestante. Além disso, sua capacidade de caracterização tecidual e de visualização multiplanar garantem boa sensibilidade e especificidade diagnóstica. Porém, é preciso se atentar às contraindicações para a realização do exame e aos preparos adequados.
Principais indicações da Defecografia por Ressonância Magnética
A Defecografia por Ressonância Magnética é indicada principalmente para diagnóstico da disfunção do assoalho pélvico e da dissinergia do assoalho pélvico.
A disfunção pode se apresentar como cistocele, hipermobilidade uretral, prolapso uterino, enterocele, peritoniocele, sigmoidocele, retocele e intussuscepção. A dissinergia é a disfunção da defecação, que pode se apresentar com incontinência fecal, constipação, esforço evacuatório exacerbado, entre outros.
A disfunção do assoalho é comum em mulheres acima de 50 anos. São fatores de risco para desenvolver a doença: múltiplos partos, cirurgias pélvicas, obesidade, constipação, predisposição genética e esforço físico pélvico. É uma condição anatômico-funcional, que afeta as estruturas de suporte do assoalho pélvico, fáscias, ligamentos e músculos, em mais de um órgão, na maioria das vezes. Os sintomas incluem dor pélvica, incontinência urinária e fecal, constipação, dificuldade para urinar, sensação de pressão pélvica e disfunção sexual.
A disfunção da defecação é mais comum em mulheres de 40 a 60 anos, na maioria das vezes sem causa conhecida. Está associada a traumas pélvicos, alterações congênitas, cirurgias pélvicas, endometriose, além de doenças anorretais (fístulas e hemorroidas). Os sintomas costumam ser: dor, pressão ou desconforto recorrente na região do reto, sacro e cóccix. A dor piora ao sentar e melhora ao ficar em pé ou deitado.
Como funciona o preparo intestinal?
Para realizar a defeco-RM o paciente deve estar com o intestino vazio. Assim, as clínicas e laboratórios de imagem solicitam um jejum de alimentos sólidos de no mínimo 4 horas, bem como recomendam o uso de um medicamento laxativo pouco tempo antes do procedimento.
Também é preciso permanecer com a bexiga cheia, por isso não se deve urinar por pelo menos uma hora antes de fazer o exame. Outras instruções podem ser fornecidas ao paciente no momento do agendamento conforme as diretrizes específicas do laboratório.
Contraindicações da Defecografia por RM
A principal contraindicação à realização da ressonância magnética para qualquer área do corpo é a presença de dispositivos metálicos ou vestígios de metais diversos no organismo, pois o equipamento funciona à base de uma tecnologia de imantação. Assim, para examinar a região pélvica não seria diferente.
Dessa forma, estão impedidos de fazer a Defecografia por Ressonância Magnética os pacientes que utilizam marca-passo cardíaco, implantes auditivos cocleares, dispositivo intrauterino (DIU), próteses, fixadores externos e clipes de aneurisma.
Já os pacientes que fazem reposição de ferro via oral ou endovenosa devem interromper o uso do medicamento cinco dias antes da realização do procedimento. Outro cuidado necessário é o de aguardar pelo menos 30 dias após ter feito uma tatuagem ou maquiagem definitiva.
Portanto, antes de agendar e realizar o exame é importante que você verifique com seu médico se não tem nenhum impedimento.
Cuide de você, conte com especialistas!
Se você sente qualquer desconforto, dor ou percebeu alterações na região pélvica é importante que procure seu médico para fazer uma avaliação clínica. Se necessário, uma Defecografia por Ressonância Magnética pode ser solicitada para diagnóstico ou afastamento da suspeita de doenças pélvicas.
Agende uma consulta e seus exames de imagem com a Dra. Daniela Vaz Franco, especialista em saúde da mulher.