A campanha do Outubro Rosa existe para orientar as mulheres sobre a importância da prevenção do câncer de mama. A mamografia, com suporte do ultrassom mamário e da ressonância magnética, auxilia nesse rastreamento preventivo. Mas, sempre que um nódulo suspeito é identificado pelo exame de imagem, o laudo aponta um nível de classificação BIRADS.

Essa pequena palavra é motivo de muitas dúvidas. Trata-se de um acrônimo que tem como objetivo correlacionar os exames de mama, com a probabilidade de uma lesão encontrada ser um câncer de mama. A sigla significa “Brest Image Report and Data System” e foi implementada pela American College Of Radiology, na década de 90. Saiba diferenciar essa classificação!

Quais os fatores de risco para o câncer de mama?

Idosas, adultas e jovens: o câncer de mama pode se desenvolver em qualquer idade. Mas, é comprovado que o risco de desenvolvimento de células cancerígenas é maior para algumas mulheres, devido às condições de vida adotadas. Confira os principais fatores de risco:

  • Alcoolismo;
  • Distúrbios hormonais;
  • Histórico familiar;
  • Menopausa tardia;
  • Menstruação precoce;
  • Mutação hereditária;
  • Obesidade;
  • Reposição hormonal;
  • Sedentarismo.

Quando começar a fazer os exames de rotina?

Lesões e nódulos suspeitos podem ser identificados através do autoexame. Por isso, recomenda-se que mulheres em qualquer fase adquiram esse hábito. Porém, depois de certa idade, a realização da mamografia preventiva é o mais recomendado, e sua periodicidade varia conforme o risco da paciente.

  • Mulheres sem fatores de risco

Esse grupo apresenta cerca de 15% de chances de desenvolver câncer de mama. Por isso, o indicado é que realizem anualmente a mamografia (e exames complementares, se necessário) a partir dos 40 anos de idade.

  • Mulheres com fatores de risco

As chances de um câncer aumentam consideravelmente. Os exames preventivos devem iniciar entre 30 e 35 anos de idade.

Em caso de identificação de nódulos suspeitos, a ressonância magnética deve ser realizada a partir dos 25 anos. Caroços endurecidos e persistentes, descarga capilar, alterações no tamanho do seio, coceiras, lesões que não curam e nódulos nas axilas são indícios de tumores malignos. Fique atenta!

Entenda a classificação BIRADS

O sistema americano é fundamental para que médicos interpretem o laudo do exame com maior precisão. Assim, o BIRADS possui classificação que varia de 1 a 6, aumentando progressivamente a probabilidade de diagnóstico de câncer de mama. Saiba distinguir:

  • BIRADS 1: esse número nos exames demonstra que alterações não foram identificadas nos seios. Mesmo assim, depois de certa idade, os exames devem ser repetidos anualmente.
  • BIRADS 2: geralmente se trata de pequenas lesões que não apresentam risco, como calcificações, fibroadenomas, cistos, lesões de gordura, entre outros.
  • BIRADS 3: nesse caso, foi identificado um nódulo sólido, mas sem características malignas. Por isso, a indicação de biópsia fica a critério do médico mastologista ou ginecologista. Mas, a probabilidade de ser câncer de mama é baixa (menos de 2%). Como medida preventiva, a lesão deve ser acompanhada durante 6 meses.
  • BIRADS 4: esse nódulo já possui características preocupantes e alta probabilidade de ser câncer de mama – cerca de 40%. Mas, a confirmação só será possível através de biópsia. 
  • BIRADS 5: nesse caso, o nódulo possui diversas características malignas, apresentando até 90% de chance de ser um câncer de mama. A biópsia é obrigatória.
  • BIRADS 6: essa classificação aparece em exames de acompanhamento para pacientes que já possuem o diagnóstico de câncer de mama. Ou seja, não oferece margem para dúvidas.

Atenção: é um erro acreditar que a classificação BIRADS indica a gravidade do tumor identificado! Ele representa a probabilidade de determinada lesão visualizada em imagem ser, de fato, um câncer. Independentemente do número apontado, a paciente não deve se precipitar, e sim procurar o seu médico!

Previna-se!

Quando não há diagnóstico de câncer, os exames devem ser realizados novamente dentro de um ano. Além disso, é interessante levar para o radiologista as imagens dos últimos procedimentos realizados. Precisando de suporte? Agende o seu exame com Dra. Daniela Vaz Franco!