A hiperplasia endometrial, também chamada de espessamento endometrial, é considerada um fator de risco importante para o câncer de endométrio, que é um tipo de câncer ginecológico comum em mulheres após a menopausa. Por isso, é importante fazer o diagnóstico precoce da hiperplasia endometrial e realizar o tratamento adequado para prevenir a progressão do quadro para uma neoplasia.
O que é hiperplasia endometrial?
Hiperplasia endometrial é um quadro de crescimento excessivo e anormal do endométrio, o tecido que reveste a cavidade interna do útero, e pode ocorrer quando há um desequilíbrio hormonal, especialmente um aumento nos níveis de estrogênio em relação à progesterona.
Por ter essa característica de replicação excessiva, a hiperplasia endometrial é considerada uma condição pré-cancerígena, o que significa que, se não for tratada, pode evoluir para câncer de endométrio. Assim, é importante que as mulheres que apresentam sintomas de sangramento uterino anormal procurem atendimento médico para avaliação e diagnóstico adequados, a fim de tratar precocemente condições como a hiperplasia endometrial.
Causas e fatores de risco
A causa da hiperplasia endometrial é o aumento nos níveis de estrogênio em relação à progesterona, que leva a um crescimento excessivo do endométrio e é mais comum em mulheres que têm altos níveis de estrogênio, sendo estas algumas das condições associadas:
- Obesidade;
- Diabetes;
- Síndrome dos ovários policísticos (SOP);
- Menopausa tardia;
- Terapia de reposição hormonal.
Outros fatores de risco incluem a história familiar de câncer de endométrio, uso prolongado de medicamentos que contêm estrogênio sem progesterona, e o uso de altas doses de esteroides anabolizantes.
Principais sintomas
A hiperplasia endometrial pode não causar sintomas em alguns casos, mas, em outros, as mulheres podem apresentar sangramento fora do período menstrual, sangramento prolongado ou intenso durante o período menstrual ou sangramento após a menopausa. Além disso, é comum haver queixas de dor abdominal ou pélvica, bem como uma sensação de pressão nessa área.
Quais são os tipos de hiperplasia endometrial?
- Hiperplasia benigna do endométrio: é o tipo mais comum e ocorre quando há um aumento no número de células, mas sem anormalidades, e por isso não tem risco significativo de se transformar em câncer de endométrio.
- Neoplasia intraepitelial endometrial (NEI): também conhecida como hiperplasia atípica do endométrio, as alterações celulares são atípicas, ou seja, as células endometriais crescem mais do que o normal e apresentam anormalidades em sua aparência e estrutura. Por isso, a NEI é considerada pré-cancerosa, o que significa que essas pacientes têm um risco de cerca de 30% a 45% de desenvolver câncer de endométrio ao longo de suas vidas, tornando a monitorização e o tratamento essenciais para prevenir a progressão da doença.
- Adenocarcinoma endometrial: é o tipo mais comum de câncer de endométrio, responsável por cerca de 80% dos casos, e ocorre quando as células endometriais começam a crescer e se multiplicar de forma descontrolada, invadindo os tecidos ao redor do útero. Essa condição pode ser tratada com cirurgia, radioterapia, quimioterapia ou uma combinação desses tratamentos.
Diagnóstico e tratamento da hiperplasia endometrial
O diagnóstico da hiperplasia endometrial é feito por meio de exames de imagem, como a ultrassom transvaginal e histeroscopia, além da biópsia do endométrio, sendo esse o exame mais preciso.
Já o tratamento dessa condição depende do tipo, grau e extensão da hiperplasia, bem como da idade e dos planos de futura gravidez da paciente. A hiperplasia benigna geralmente pode ser tratada com progesterona oral ou injetável, mas em casos mais graves, a remoção cirúrgica do útero pode ser necessária para prevenir a progressão para câncer de endométrio.
Agende uma consulta com a Dra. Daniela Vaz Franco!