A Endometriose é uma das principais doenças ginecológicas que dificultam a gravidez, podendo até causar infertilidade. Mas, infelizmente, ela não é a única. Outras patologias relacionadas ao sistema reprodutivo da mulher também desencadeiam esse tipo de complicação. Você já ouviu falar sobre a Adenomiose?
A doença é bastante confundida com a Endometriose. Porém, se desenvolve em circunstâncias diferentes e conta com sintomas mais agudos. Saiba como diagnosticar e tratar essa doença!
O que é Adenomiose?
Para entender a Adenomiose, é preciso primeiro entender a anatomia do útero. Clinicamente, a Adenomiose pode ser considerada um subtipo da Endometriose. Ou seja, a cavidade uterina é dividida em três importantes partes:
- Endométrio;
- Miométrio;
- Serosa.
A Adenomiose é caracterizada por uma invasão de endométrio (tecido que reveste internamente o útero) na musculatura do útero (miométrio). A doença ainda pode ser classificada em superficial, intermediária e profunda e, atualmente, afeta cerca de 15% das mulheres.
Além disso, pode vir acompanhada de outras complicações ginecológicas, como pólipos e miomas.
Quais são os sintomas?
A prevenção ginecológica é fundamental, já que aproximadamente 35% das pacientes com a doença são assintomáticas. No entanto, outros sinais apontam o desenvolvimento da Adenomiose:
- Aumento no fluxo sanguíneo durante a menstruação
- Cólicas intensas no ciclo menstrual
- Dor ao evacuar
- Dor durante as relações sexuais
- Inchaço abdominal
- Prisão de ventre
As causas para o surgimento da Adenomiose, no entanto, não são conclusivas. Mas fatores congênitos, histórico cirúrgico, número de vezes que engravidou e realização de cirurgia cesárea podem indicar a pré-disposição.
Como é realizado o diagnóstico da Adenomiose?
A detecção da doença é feita primeiramente pelo ginecologista. É o especialista quem investigará o caso, solicitando exames de imagem – responsáveis por estagiar a Adenomiose.
Existem quatro estágios da patologia, dependendo do local das lesões, que podem ser limitadas a região sub endometrial, chegando até além da serosa, em outros tecidos e órgãos do corpo. Os exames mais indicados são:
Ressonância magnética da pelve
Com alta tecnologia, esse exame é o mais indicado por ser considerado “padrão ouro” em diagnóstico. O procedimento é mais sensível e específico para análise dos tecidos e lesões.
Ultrassom transvaginal
Utilizando um transdutor, o exame também aponta, via imagem, qualquer alteração interna. Nesse procedimento, solicita-se geralmente o preparo intestinal para melhor avaliação.
Adenomiose e infertilidade
A doença está diretamente ligada à infertilidade, pois, assim como a Endometriose, dificulta a fixação do embrião na parede do útero. Além de abortos espontâneos, ela também pode ocasionar partos prematuros. Durante o desenvolvimento da Adenomiose, a produção hormonal da mulher aumenta, o que contrai o útero e dificulta tentativas de fertilização.
Em contraponto, a produção de progesterona, hormônio responsável pela fertilidade feminina, diminui. Fora isso, o organismo está sempre em processo inflamatório e de cicatrização, o que interfere na qualidade dos óvulos.
Como é o tratamento?
Existem diferentes tipos de tratamento da doença. Mas, apenas um especialista poderá apontar qual é a ideal para o quadro da paciente, conforme o estágio da Adenomiose. Veja algumas possibilidades:
- Medicamentos – Uso de anti-inflamatórios específicos para alívio do quadro e de dores.
- Tratamentos hormonais – Recomendados para reequilibrar a produção hormonal, especialmente para quem deseja engravidar.
- Cirurgia – Procedimento para a remoção do excesso do tecido endometrial, quando a lesão não é tão profunda. Ou, cirurgia para remoção do útero, com preservação dos ovários.
Cuide de você!
Muitos casos de Adenomiose permanecem sem o devido diagnóstico. Não comprometa sua saúde, nem sua qualidade fértil! Agende os seus exames na Radioclínica.