Muitas mulheres, aos seus 35 anos, ainda planejam ter filhos. Afinal, naturalmente nesta idade, o corpo feminino está em plena maturidade sexual para gerar uma criança. Mas o que fazer quando a menopausa precoce impede esse sonho? Infelizmente, pode acontecer!
Esse é um quadro ginecológico pouco comum, cerca de 1% das mulheres recebem o diagnóstico. No caso das mulheres que deixam de menstruar antes dos 30 anos, a situação é ainda mais rara! Infelizmente, as complicações da menopausa precoce vão além da infertilidade. Por isso, é muito importante se conscientizar. Saiba mais sobre essa complicação ginecológica!
O que caracteriza a menopausa precoce?
Insuficiência Ovariana Precoce (IOP) é o nome clínico para a menopausa precoce, como é popularmente conhecida. A principal característica do quadro é a perda da função dos ovários antes dos 40 anos de idade.
Geralmente, a condição se caracteriza por alterações nos ciclos menstruais, como ausência total de menstruação (amenorreia) e fluxos espaçados ou de baixa intensidade (oligomenorreia). As alterações acontecem em decorrência da queda brusca de produção na estrogênio.
Consequências da diminuição hormonal
Como saber se você, ainda tão nova, está passando pela menopausa?
Ficando ainda mais atenta aos sinais do seu corpo! O primeiro indício de insuficiência ovariana é justamente a inconsistência dos ciclos menstruais. Logo depois, a paciente começa a apresentar deficiência hormonal. Essa deficiência ocasiona diversas complicações que, em outras palavras, são os sintomas da menopausa convencional. Confira algumas consequências da menopausa precoce:
- Alterações de humor;
- Cansaço;
- Calorões (fogachos);
- Dificuldade para engravidar;
- Irritabilidade;
- Perda mineral óssea;
- Redução da libido;
- Secura vaginal;
- Entre outros.
Outra grave consequência do quadro é o alto nível de infertilidade entre as pacientes. A doença acaba interrompendo o sonho de ser mãe – apenas em alguns casos é possível engravidar.
Fatores desencadeantes associados a menopausa precoce
Para entender a doença, é preciso conhecer os fatores desencadeantes, que levam a diminuição na produção de estrogênio. Geralmente, o histórico familiar é o principal, responsável por 4% das pacientes diagnosticadas.
Mas, além disso, existem também outras condições enfrentadas pela paciente que podem levar a baixa hormonal. São comumente associados à menopausa precoce:
- Alterações no cromossomo X;
- Doenças autoimunes;
- Problemas de tiroide;
- Síndrome do X Frágil;
- Síndrome de Turner;
- Tratamento com quimioterapia;
- Tratamento com radioterapia.
Diagnóstico da insuficiência ovariana prematura
Mulheres com menos de 40 anos idade, que estejam a 4 meses sem menstruar ou com baixo fluxo menstrual devem procurar um especialista. Ou ainda se sentirem demais sintomas relacionados a menopausa.
Através do diagnóstico é possível minimizar os sintomas e alterações ocasionadas pela IOP. Para chegar ao diagnóstico, porém, alguns testes podem ser solicitados, como a dosagem de hormônios (FHS) durante 2 meses consecutivos. Outro exame solicitado é a ultrassonografia transvaginal.
Ultrassonografia transvaginal
O exame é realizado através da inserção de um transdutor com gel na cavidade vaginal.
Através das ondas sonoras emitidas é possível checar o volume dos ovários. Durante a menopausa, esse importante órgão do sistema reprodutivo tende a atrofiar e diminuir de tamanho. Com as imagens da ultrassonografia, combinadas com a dosagem de FHS, é possível ter um diagnóstico mais completo.
Tratamento da menopausa precoce
De forma geral, o tratamento mais indicado é a terapia de reposição hormonal em baixa dosagem (estrógenos e progestágenos) ou o uso de anticoncepcional oral combinado. Muitos especialistas têm indicado a segunda opção para as pacientes. Além de simples, esse método evita a perda da densidade mineral óssea.
Agende o seu exame!
Você se identificou com algum dos sintomas? Então, preze pela sua saúde e agende seu exame com a Dra. Daniela Vaz Franco, radiologista especialista em saúde da mulher.