Existem cânceres que são particularidades das mulheres – resultado, muitas vezes, das alterações hormonais sofridas ao fim do período reprodutivo. Um deles é o Câncer de Endométrio, que acomete o público feminino tanto quanto o de mama e ovário. Porém, o seu desenvolvimento, suas variações e tratamento são muitas vezes desconhecidos.

Esse tipo de câncer ginecológico é muito comum entre mulheres a partir dos 60 anos. Mas, através de um diagnóstico precoce, é possível atingir a cura de aproximadamente 90% dos casos.

O que é o endométrio?

Considerado o “corpo do útero”, o endométrio é um tecido vascularizado que reveste a parede interna desse órgão. Ou seja, o útero tem sua cavidade interna revestida por uma mucosa, que é o endométrio.

Quando o câncer se desenvolve nessa região, sem o tratamento adequado, é comum que se espalhe rapidamente para colo do útero, ovários, vagina, reto, sistema urinário e abdominal.

Você está vivendo o período da pós menopausa?

Se você está passando por essa etapa da vida, fique atenta! Os casos da doença são muito mais frequentes nesse período. Após a menopausa é comum que alterações no organismo e na produção hormonal da mulher sejam percebidas. Além disso, são fatores de risco:

  • Obesidade;
  • Altos níveis de estrogênio;
  • Baixa produção de progesterona;
  • Síndrome do ovário policístico;
  • Hipertensão;
  • Diabetes;
  • Histórico de câncer na família;
  • Não ter tido filhos.

Sintomas do Câncer de Endométrio

Um dos principais sintomas do avanço da doença é o sangramento atípico, especialmente se a mulher já não menstrua mais. Esse fluxo pode ser intenso e constante.

Além disso, em estágios mais avançados, quando a doença progride e chega a criar metástases extra uterinas, a paciente pode desenvolver obstruções nos órgãos próximos, tosse e dificuldade para respirar.

Quais exames são indicados no diagnóstico do Câncer de Endométrio?

Os exames de rotina assumem papel importante no diagnóstico. Existem procedimentos altamente indicados para identificar tumores e cânceres do endométrio. Veja os mais realizados:

Ultrassom Transvaginal

Avalia a camada vaginal, colo do útero, trompas e ovários detectando ou não anormalidades. O exame é realizado através da inserção de um transdutor no canal vaginal da mulher. Para auxiliar o processo é comum o uso de lubrificantes.

Curetagem

É a chamada raspagem uterina, solicitada em caso de sangramentos anormais do endométrio. O exame é realizado com o auxílio de sedativos, evitando qualquer tipo de dor ou desconforto.

Histeroscopia

O procedimento tem como objetivo identificar doenças dentro do útero. Para isso, uma fina óptica é introduzida na mulher, possibilitando análise detalhada da região.

Biópsia Endometrial

Nesse procedimento, a coleta de material do endométrio é realizada mediante anestesia. Depois, uma análise laboratorial emite um diagnóstico mais preciso sobre as alterações identificadas.

Ressonância Magnética

A Ressonância Magnética é a técnica radiológica escolhida para avaliação e planeamento cirúrgico do câncer de endométrio, tendo um papel fundamental na determinação de um dos fatores prognósticos mais importantes, a profundidade de invasão do miométrio. Esta avaliação permite estratificar as pacientes em um grupo de baixo risco, ou grupo de risco médio/alto, aos quais podem ser aplicados diferentes protocolos.

Tratamento do Câncer de Endométrio

A cirurgia para remoção do tumor é o tratamento mais indicado no estágio inicial. Nesse caso, pode ser necessário a retirada de todo o útero, trompas e ovários durante o procedimento. Dependendo do quadro do paciente, quimioterapia, braquiterapia, radioterapia ou hormonioterapia podem ser recomendadas.

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